Na prateleira do supermercado, um miojo que custa só 50 centavos a mais pode ser decisivo na escolha do consumidor por uma marca em detrimento de outra, e isso desencoraja as empresas a enriquecer sua composição.
“Embora você coloque adicionados de vitaminas, o preço é a primeira escolha do consumidor”, afirma a professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp Helena Teixeira Godoy. “Algumas gelatinas até têm adicionado de vitamina C, mas é uma questão de marketing, porque a quantidade é muito pequena. Ao comer uma laranja, você vai ter muito mais da vitamina no seu corpo”.
Além do mais, seria preciso uma longa campanha de mudança de hábito do consumidor, para que ele passasse a ver miojos e tranqueiras semelhantes como um alimento razoavelmente saudável. Hoje ninguém liga para isso, compra só para forrar o bucho.
O segundo motivo é a própria constituição da substância adicionada no alimento. A maioria das vitaminas, aminoácidos e até alguns minerais sofre grandes perdas ao ser cozida ou ao entrar em contato com a água. Mais de 80% dos nutrientes se dissolvem na água, explica Helena. Isso invialibiliza o preparo de um miojo enriquecido – a não ser que você vá comê-lo cru, o que, convenhamos, não é a melhor opção em termos de sabor.
Vale lembrar que um suco de pacote nunca terá mais nutrientes do que um suco de laranja natural. Apesar de práticas, comida industrializada em excesso pode deixa o corpo subnutrido e causar cansaço, dor de cabeça, urticária e predispor a doenças mais graves.
UR-TI-CÁ-RI-A
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